Tipos de diabetes: quais são?

Você sabia que existem diferentes tipos de diabetes? Se você ainda não sabe quais são os tipos de diabetes existentes, esse artigo é para você! Vamos te explicar todas as diferenças e características dos tipos de diabetes existentes. Confira!

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Quais são os tipos de diabetes?

Em geral, costuma-se classificar os diabetes em dois tipos: diabetes do tipo 1 e diabetes do tipo 2. Embora o nome seja o mesmo para os dois tipos, quando se fala em diabetes tipo 1 e diabetes tipo 2, estamos falando de duas doenças completamente diferentes entre si.

Qual a diferença entre diabetes mellitus do tipo 1 e tipo 2?

Diabetes do tipo 1

Conforme já descrevemos em outro artigo sobre diabetes, o diabetes do tipo 1 é uma doença auto-imune. Ou seja, por algum motivo ainda não totalmente esclarecido pela ciência, o próprio organismo “ataca” através de uma reação imunológica as células do pâncreas que produzem insulina.

Isso acontece quando a pessoa é bem jovem. Portanto, o diabetes tipo 1 é mais comum em crianças e adolescentes.

Quando isso acontece e há o diagnóstico de diabetes tipo 1, é importante lembrar que não há cura para diabetes tipo 1 e o paciente terá que tomar insulina por toda a vida.

Sintomas, diagnóstico e tratamento de diabetes do tipo 1

Crianças e adolescentes com os seguintes sintomas devem ser investigadas quanto ao diagnóstico de diabetes do tipo 1:

  • Perda de peso acentuada;
  • Sede excessiva;
  • Vontade de urinar frequente;
  • Fome excessiva.

O diagnóstico é feito através do exame de glicose no sangue (glicemia). Muitas vezes, o diagnóstico pode demorar. Com isso, interna-se a criança com um quadro grave denominado cetoacidose. A cetoacidose ocorre quando o pH do sangue é alterado em função da glicose excessiva no sangue.

A cetoacidose é um quadro gravíssimo, o qual necessita de internação hospitalar imediata em Unidade de Terapia Intensiva (UTI) para reversão do quadro.

Em relação ao tratamento, já falamos sobre os pilares do tratamento do diabetes do tipo 1, que se resumem em: aplicação diária de insulina, controle da glicemia, alimentação com contagem de carboidrato, atividade física e manejo do estresse.

Diabetes do tipo 2

Já o diabetes do tipo 2 acomete indivíduos adultos. O diabetes do tipo 2 é uma doença caracterizada por resistência à insulina. Mas o que é resistência à insulina?

Em um indivíduo com diabetes do tipo 2, há grande produção de insulina pelo pâncreas. Mas, essa insulina não é aproveitada de uma forma eficiente pelo organismo, justamente pela resistência. Em muitos indivíduos com diabetes do tipo 2, outras condições metabólicas também estão presentes, como obesidade, por exemplo. Esse é o tipo de diabetes mais comum.

Sintomas, diagnóstico e tratamento do diabetes do tipo 2

O cansaço, desânimo, fome excessiva, visão turva, excesso de vontade de urinar e sede excessiva são sintomas bastante comuns em indivíduos adultos ainda sem diagnóstico de diabetes do tipo 2, ou que estão com a glicose bastante descontrolada.

O tratamento envolve reeducação alimentar, prática de atividade física, bem como uso de medicamentos, por exemplo.

Assim, dentre os medicamentos mais comuns estão antihiperglicemiantes orais. Esses são comprimidos que ajudam o organismo a usar melhor a insulina já produzida. Um dos mais comuns é a metformina.

Porém, o diabetes do tipo 2 pode apresentar reversão em alguns casos, principalmente quando o caso ainda é incipiente e o paciente tem alta aderência ao tratamento, com mudanças em seu estilo de vida, sobretudo com alimentação adequada e atividade física frequente.

Diabetes gestacional

Existem um outro tipo de diabetes, denominado diabetes gestacional, que, como o próprio nome diz, afeta gestantes.

O que acontece se a gestante tem diabetes gestacional?

No caso, o desenvolvimento de diabetes durante a gestação pode trazer complicações para a própria gestação em si,. Além disso, pode afetar a formação do bebê.

Quando isso ocorre no primeiro trimestre da gestação, o maior risco é de má formação fetal. Já quando o desenvolvimento do diabetes se dá durante o segundo ou terceiro trimestre, há risco de macrossomia fetal. A macrossomia fetal é o quadro do bebê nascer muito grande. Outra consequência do diabetes gestacional é o desenvolvimento de excesso de líquido aminiótico.

Falei um pouco sobre gestação e diabetes nesse outro artigo.

Para evitar essas complicações, é fundamental que a gestante faça o pré-natal adequado e tenha acompanhamento de perto do obstetra. Dente os exames solicitados para uma gestante que não tem diabetes e há suspeita de desenvolvimento de diabetes gestacional estão a glicemia em jejum e a curva glicêmica.

Em muitos casos, é necessário a administração de medicamentos para a gestante com diabetes gestacional e inclusive insulina em alguns casos. Porém, na maioria dos casos, o diabetes não permanece como doença após o nascimento do bebê.

O que leva a ter diabetes gestacional?

O diabetes gestacional pode surgir durante a gestação devido aos hormônios produzidos durante a gravidez, que causam aumento da resistência à insulina na gestante. Assim, a taxa de glicose no sangue (glicemia) da gestante se eleva e fica caracterizado o diabetes gestacional.

Conforme já explicamos, para o diagnóstico de diabetes gestacional, exames de glicemia são essenciais, para que se saiba de glicose no sangue da gestante.

Qual o valor é considerado diabetes gestacional?

Quando a gestante faz o exame de glicemia de jejum, um valor acima de 110 mg/dl já é indicativo de diabetes gestacional. Ou quando a glicemia é aferida duas horas após a refeição (a chamada glicemia pós-prandial) e o valor é acima de 140 mg/dl. Esses valores são estabelecidos pela Organização Mundial da Saúde (OMS).

Quais são os sintomas da diabetes na gravidez?

Para a gestante, é fundamental estar ciente de que alguns sintomas podem indicar a presença de diabetes durante a gestação. Os principais sintomas são:

  • Aumento de apetite;
  • Ganho de peso acima do esperado (tanto para a gestante quanto para o bebê);
  • Boca seca;
  • Vontade de urinar frequentemente;
  • Sede excessiva;
  • Cansaço extremo;
  • Aumento de infecções urinárias de forma frequente.

Assim, é essencial que na presença desses sintomas, a gestante entre em contato com o obstetra. Então, a gestante deve descrever os sintomas, para que o obstetra considere investigar a possibilidade de diabetes gestacional.

Diabetes do tipo LADA

Existe um outro tipo de diabetes denominado diabetes do tipo LADA, que significa Latent Autoimune Diabetes of the Adult (traduzindo, Diabetes Latente Autoimune do Adulto).

Esse tipo de diabetes afeta somente pacientes adultos e possui características bastante específicas. No caso, pacientes com diabetes do tipo LADA apresentam auto-anticorpos contra as células beta, que são as células produtoras de insulina no organismo.

Dessa forma, nesses casos, pacientes adultos que se pensavam ter diabetes do tipo 2 têm progressão rápida à necessidade eminente de insulina. E quando exames de pesquisa de auto-anticorpos têm resultados positivos , caracterizando o diabetes do tipo LADA.

Nesses pacientes, há necessidade de aplicação diária de insulina, atingindo cerca de 2% da população com diabetes em geral.

Diabetes do tipo MODY

Outro tipo de diabetes é denominado diabetes do tipo MODY, que significa Maturity Onset Diabetes of the Young. Ou seja, é um tipo de diabetes familiar, que atinge diferentes gerações de uma mesma família.

No caso, são geralmente três gerações da mesma linhagem que têm o gene com mutação que representará defeitos na produção de insulina.

O diagnóstico desse tipo de diabetes não é fácil, visto que é necessária uma pesquisa genética e observação dos casos na mesma família.

Muitas vezes, o indivíduo recebe o diagnóstico de diabetes do tipo 2, mas de 2% a 5% dos indivíduos com diagnóstico de diabetes do tipo 2 tem, na verdade, diabetes do tipo MODY.

Se você quiser saber mais sobre a parte científica e genética do diabetes do tipo MODY, esse artigo de uma revista científica é bastante completo!

Pré-diabetes

Por último, o que é pré-diabetes? Existe? A pessoa vai mesmo ficar diabética ou não, quando se fala em pré-diabetes?

Atualmente, se considera pré-diabetes um estágio intermediário entre não ter diabetes e ter diabetes do tipo 2. Ou seja, é um estágio em que o indivíduo já tem algum descontrole da glicemia. Porém, essa é uma situação que pode ter remissão.

Dessa forma, para uma pessoa ter o diagnóstico de pré-diabetes, a sua glicemia em jejum deve apresentar valores entre 100 mg/dl e 125 mg/dl. Indivíduos com glicemia acima de 126 mg/dl já são considerados diabéticos.

Tirou todas as suas dúvidas sobre os tipos de diabetes existentes? Deixe seu comentário sobre esse artigo!

 

 


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